Brasil registra crescimento na produção de alta tecnologia
Estudo do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) mostra que a fabricação de produtos de alta intensidade cresceu 13% no primeiro trimestre de 2018, surpreendendo positivamente após quedas.
Com o desempenho, o segmento de alta intensidade registrou expansão de 4,6% em doze meses. Até o terceiro trimestre de 2017, a variação por essa base de comparação era negativa. No segmento, a indústria farmacêutica mostrou dinamismo no começo de 2018, mas o grande foi o ramo de complexo eletrônico, no qual a fabricação de equipamentos de áudio, vídeo e comunicação teve expansão de 31,8% no primeiro trimestre, a maior dentre todos os setores.
O grupo de alta intensidade tecnológica inclui também os setores aeronáutico/aeroespacial, farmacêutico, de instrumentos ópticos e de alta precisão e de hardware.
Um dos mais afetados pela crise em 2015 e 2016, o complexo eletrônico cresceu 26,1% no primeiro trimestre, com março apresentando incremento de 24,5%. Os números contribuíram para uma expressiva recuperação em doze meses, de 21%.
A fabricação de material de escritório e informática teve crescimento também de dois dígitos, crescendo 26,3% no contraponto entre primeiros trimestres e 21,2% entre meses de março. Em doze meses, a variação também foi robusta, 17,5%.
O segmento de média-alta intensidade, por sua vez, produziu 8,2%. Assim, essa faixa cresceu 6,9% em doze meses, a maior taxa dentre as quatro nessa base comparativa dentre as quatro faixas, pois vem crescendo a mais tempo que a de alta intensidade.
O conjunto dos ramos de média-baixa foi o único a ter retração no período janeiro-março no contraste com igual período de 2017: taxa de -0,2%. Em doze meses, o segmento ficou estável. Segundo o relatório, as retrações são em muito decorrentes dos declínios na fabricação de produtos de petróleo refinado, álcool e afins, que declinou 6,0% no primeiro trimestre. Outro ramo de grande peso dessa faixa, a produção de bens metálicos, inclusive siderúrgicos, cresceu nas bases comparativas consideradas (no primeiro trimestre, 5,5%), mas sem fazer frente aos recuos não só daquele ramo, mas também aos da fabricação de minerais não-metálicos.
Por fim, o segmento de baixa intensidade teve acréscimo de 2,7% no acumulado dos três primeiros meses do ano.
Fonte: Computerworld
Foto: Science.spb.ru