Modelo híbrido já está escolhido. Agora é investir na segurança remota.
Recente pesquisa da IDC e Google Cloud mostrou que o modelo híbrido de trabalho – remoto e presencial – já é o preferido por 43% das empresas brasileiras. Compreensível, pois a pandemia da Covid-19 acabou mostrando que o trabalho fora do ambiente das empresas pode ser mais produtivo por vários motivos: menor tempo de locomoção do colaborador entre a sua casa e o local de trabalho, boa produtividade, resultados satisfatórios, satisfação das equipes envolvidas.
É certo que em muitos casos, o trabalho remoto tem que conviver com inúmeras limitações, seja porque o ambiente de moradia do colaborador não propicia o melhor ambiente de trabalho. Um estudo da Fundação Dom Cabral em parceria com a Grant Thornton Brasil e a Em Lyon Business School, revelou que 58% dos colaboradores afirmaram ser mais produtivos ou significativamente mais produtivos no home office.
Outros 38% dos respondentes afirmaram sentir falta de interagir presencialmente com colegas de trabalho e mais de 62% disseram concordar com a afirmação “Tenho que me encontrar com colegas de trabalho em outros locais (café, lojas, biblioteca, espaço de coworking) para poder continuar trabalhando remotamente”.
Aprendemos neste período que o remoto é viável e, em muitos casos, a melhor alternativa por combinar a capacidade dos colaboradores, no entanto, o trabalho remoto tem seus desafios e durante a pandemia, e desejando apurar como as empresas e seus colabores se comportamento diante do trabalho remoto em relação à proteção contra ameaças online, a empresa ManageEngine realizou uma pesquisa e apurou que mais da metade (63%) dos entrevistados relatou que sua organização forneceu a eles um dispositivo corporativo para utilizar enquanto trabalham remotamente.
Curiosamente, 37% dos entrevistados também dizem que não há restrições para esses dispositivos corporativos. Portanto, atividades on-line arriscadas, como visitar sites não seguros, compartilhar informações pessoais e baixar software de terceiros, podem representar ameaças potenciais.
Por exemplo, 54% disseram que ainda visitam um site depois de receber um aviso sobre potenciais inseguranças. Essa porcentagem também é significativamente maior entre as gerações mais jovens – incluindo 42% das pessoas de 18 a 24 anos e 40% de 25 a 34 anos.
Perguntados se experimentam pelo menos um problema de tecnologia semanalmente enquanto trabalham em casa, 79% dos entrevistados responderam que sim. Os problemas mais comuns incluem funcionalidade e velocidades de download lentas (40%) e conectividade confiável (25%). No entanto, as equipes de TI estão comprometidas em resolver esses desafios. Por exemplo, 75% dos entrevistados dizem que tem sido fácil se comunicar com suas equipes de TI para resolver esses problemas.
Apesar das muitas vantagens que o trabalho remoto oferece, uma limitação que notamos entre as empresas com as quais trabalhamos era a de garantir a proteção das estações de trabalho dos colaboradores quando a pandemia começou. A alternativa foi a adoção de algumas ferramentas especialmente criadas para isso e que se mostram eficientes na tarefa de manter um ambiente seguro nas moradias dos colaboradores.
Quero recuperar aqui algumas dicas que temos divulgado para as empresas, nossas clientes, sobre o trabalho remoto seguro:
1. Definir as regras de segurança das estações de trabalho, os endpoints
Uma estação de trabalho segura consiste em conjuntos de processos de proteção que visa identificar e bloquear ameaças aos sistemas internos, que podem ter origem nos diversos pontos de extremidade (computadores pessoais e dispositivos móveis) conectados à rede e que atuam como um gateway para possíveis invasões. Definir quem pode e como ter acessos aos sistemas da empresa é o primeiro passo;
2. Eliminar a necessidade de gerenciamento manual dos dispositivos conectados
A Intervenção manual do técnico de TI somente deve acontecer em casos extremos e as empresas devem considerar que a automação é uma maneira de evitar que as equipes de TI venham a gastar tempo em atividades repetitivas quando poderiam cuidar de outras tarefas mais importantes. A automação da proteção e resposta a incidentes é a estratégia a ser adotada;
3. Detecção e distribuição de atualizações de software nas estações de trabalho remoto
A grande maioria das brechas de seguranças em softwares já foram corrigidas pelos seus fabricantes, o grande problema é que na maioria das vezes essas correções não foram aplicadas em todos os endpoints. Detectar e simplificar a implantação de patches para Windows, macOS, Linux e além aplicativos de terceiros, automatizando todo o ciclo de patches a partir de uma única plataforma. Identifique vulnerabilidades e faça o download, teste, aprove e instale os patches ausentes. A automação ajudará no combate a ataques de dia zero protegendo melhor seus endpoints.
* Dyogo Junqueira é vice-presidente de vendas e marketing da ACSoftware
Fonte: Cio.