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Brasil está entre os cinco países que mais sofrem com hackers

- TI

A segurança online é cada vez mais importante na sociedade e a informação sobre essa importância está cada vez mais se expandindo pela internet. Porém, as pessoas continuam desatentas a seu comportamento ao navegar pela web e seus aplicativos, tornando o ambiente vulnerável a diversos crimes cibernéticos.

E essa vulnerabilidade vai muito além de pessoas físicas, atingindo também empresas – que viram fortes alvos dos hackers. De acordo com o relatório anual Norton Cyber Security Insights, 2016 foi o ano em que mais ataques cibernéticos foram registrados em escala mundial, uma alta de 10% em relação ao ano anterior. No Brasil a média chegou a 42,4 milhões de pessoas afetadas em todo o país, dando um prejuízo de quase R$32,1 bilhões.

Hackers criaram uma modalidade cada vez mais comum em crimes cibernéticos: o sequestro de servidores, onde computadores – de pequenas e médias empresas – são invadidos e os criminosos exigem um pagamento em Bitcoin como forma de devolução do controle das máquinas.

Segundo, André Miceli, professor do MBA de Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV) “as grandes empresas já dedicam uma parcela de seus orçamentos de tecnologia para segurança. Isso ainda não acontece nas pequenas e médias. Assim como no mundo ‘físico’, os criminosos procuram facilidade, então essas empresas acabam caindo nessa situação com mais frequência”.Miceli afirma que o Brasil foi o quarto país com a maior quantidade de casos no mundo em 2016 e que esse número deve aumentar. Ainda segundo ele, uma questão que deve trazer muitos problemas nos próximos anos é a segurança de dispositivos conectados a carros, residências e até mesmo equipamentos de saúde.

O professor da FGV afirma que “nos próximos anos, certamente veremos a explosão do número de elementos conectados”. “Bombas de insulina, cardioversores, marca-passos estarão conectados. Aceleradores e pilotos-automáticos de automóveis, controles de casa como aparelhos de ar-condicionado e fogões também. Teremos mais oportunidades para invasões e certamente os criminosos irão aproveitá-las para fazer dinheiro”, diz Miceli.

Para evitar esse tipo de problema, o professor lista três principais ações:

  • Aprender sobre engenharia social — Você recebe um e-mail pedindo recadastramento de senha do seu banco ou outras confirmações de dados e preenche com seus dados, passando todas as informações para alguém mal-intencionado. Para se prevenir desse tipo de ataque, evite abrir e-mails de remetentes desconhecidos, configure o link aberto pelo e-mail que receber e verifique se ele é realmente da empresa que diz ter enviado a mensagem e não instale nada que não saiba a procedência em seu celular, computador ou qualquer outro equipamento.
  • Bloquear dispositivos e sites com senhas longas — Todos devem colocar senhas e bloqueio automático em seus dispositivos. Isso diminui a possibilidade de uso por terceiros caso haja roubo ou esquecimento. As senhas longas também são úteis, pois uma técnica muito utilizada é o ataque por força bruta. Neste caso, um programa testa individualmente todas as alternativas possíveis de senha. Por isso, quanto mais longa e mais caracteres especiais, mais difícil será o acesso.
  • Realizar backups frequentes — Uma ação contingencial que pode poupar muito trabalho e dinheiro é a realização de backups frequentes. Dessa maneira, se no pior caso você perder algo, será mais fácil recuperar arquivos é demais informações.

 

O cenário visto em 2016, infelizmente, deve se intensificar neste ano, com mais alguns pontos críticos: ameaças direcionadas a meios de pagamento, à nuvem, à Internet das Coisas (IoT) e a dispositivos móveis.

Fonte: ComputerWorld

Foto: El País

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