Desde 2010, o setor de certificação digital no país tem apresentando crescimento anual de mais de 20% segundo dados da ICP-Brasil – Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, que aponta que apenas em 2015 foram produzidos mais de 3,2 milhões de certificações. O aumento apresentado nestes dados gerais também abrange o setor da saúde que, gradativamente, vem investido nessa tecnologia gerando melhorias para todos os envolvidos na cadeia, desde pacientes, corpo clínico até gestores de hospitais.

Quando pensamos em certificação digital para a saúde, também fazemos referência à Resolução CFM nº 1.821/07, responsável pela aprovação das normas técnicas referentes à digitalização e ao uso dos sistemas informatizados. Trata-se da aposta em uma tecnologia que, cada vez mais, tem sido necessária para assegurar a totalidade das trocas de informações no ambiente virtual, um investimento que garante a validade jurídica das informações transmitidas, além de promover vantagens significativas para todos os processos que são realizados diariamente em hospitais e laboratórios.

É cada vez mais frequente médicos apoiarem o formato, otimizando tempo e garantindo agilidade no tráfego de documentos como, por exemplo, o PEP – Prontuário Eletrônico do Paciente. Além disso, todos os profissionais da saúde que escolhem trabalhar com certificação digital garantem validade jurídica para suas assinaturas, que podem ser feitas pelo computador, pelo celular ou pelo tablet, oferecendo mobilidade e agilidade na tomada de decisão.

Pela visão do hospital e da gestão como um todo, os provilégios da opção pela certificação digital são igualmente visíveis. Além do investimento evidenciar uma redução significativa de custos, inclusive com papeis e impressões, funciona também como um aliado no combate a fraudes e à garantia de que os procedimentos sejam todos realizados dentro das normas internas e pelos profissionais responsáveis. E quando corpo clínico e centros médicos optam pela certificação digital, o paciente também ganha: atendimento mais rápido, menos burocracia, laudos e prescrições médicas otimizadas.

Mesmo com a crescente adoção, a inclusão da certificação digital ainda encara certa relutância por parte de algumas empresas e profissionais. Quebrar essa barreira é um dos desafios que estão sendo enfrentados no atual cenário e, para contribuir com essa mudança de paradigma, a Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados firmou parceria com a APM – Associação Paulista de Medicina e com a Soluti Certificação Digital, para oferecer uma solução completa à todas as instituições associadas. “Esta parceria fará com que os valores sejam mais acessíveis”, comentou Antonio Carlos Endrigo, diretor de Tecnologia da Anahp em entrevista.

Com vantagens sendo mencionadas em todos os aspectos, a tendência realmente é que a certificação digital tenha um amplo crescimento no mercado da saúde nos próximos anos. “A certificação digital garante ao paciente que foi um profissional habilitado quem realizou o seu procedimento; ao médico que somente ele pode agir em seu próprio nome; e ao hospital que os profissionais certos é que estão realizando os procedimentos como manda o protocolo”, explica Michel Medeiros, CEO da Soluti.

Além da validação do prontuário eletrônico e da garantia de autenticidade da assinatura, o certificado digital também tem aplicabilidade na TISS – Troca de Informações na Saúde e na DMED – Declaração de Serviços Médicos e da Saúde.

Fonte: Hospitalar
Imagem: Cryptoid