Drone pode transportar amostras de sangue em áreas remotas
Um estudo demonstrou que é possível transportar amostras de sangue em pequenos drones sem que a qualidade do sangue fosse alterada. A conclusão é que o percurso não trará mudanças na amostra. A estratégia do projeto piloto é tornar a rotina de exames mais acessível com o projeto piloto que poderá ser lançado em regiões remotas da África. A pesquisa foi realizada pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos e publicada na revista científica “PLOS ONE” no dia 29 de julho de 2015.
Fotos mostram como especialistas embalam amostras de sangue para as acomodarem dentro do drone (Foto: PLOS ONE/Reprodução)
O médico patologista Timothy Amukele (esq.) fez parceria com Robert Chalmers e outros engenheiros para criar um sistema de correio por drone para transportar amostras de sangue para exame. (Foto: Johns Hopkins Medicine/Divulgação).
O que os cientistas queriam avaliar era se as amostras não perdem a qualidade depois de jornadas de até 40 minutos a bordo do drone. Além do tempo do percurso, preocupava os pesquisadores a aceleração no lançamento do veículo e o impacto quando o drone pousa em seu destino.
“Tais movimentos poderiam destruir células do sangue ou fazer com que o sangue coagulasse, então eu pensava que todo o tipo de teste de sangue poderia ser afetado, mas nosso estudo mostra que eles não foram afetados e isso foi legal”, disse o médico patologista Timothy Amukele, da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.
Os pesquisadores coletaram 6 amostras de sangue de cada um dos 56 voluntários recrutados para o experimento. Parte das amostras foi submetida a um voo de drone com duração de cerca de 40 minutos até o laboratório e a outra parte foi levada de carro.
As amostras passaram por uma bateria de 33 exames de laboratório. A comparação entre os resultados obtidos nas amostras que passaram pelo drone e nas amostras que foram de carro mostrou que não houve diferença.
Projeto piloto na África
Os resultados devem levar ao desenvolvimento de um projeto piloto na África, onde os laboratórios muitas vezes ficam a muitos quilômetros de distância das comunidades.”Um drone pode percorrer 100 km em 40 minutos”, diz Amukele.
“Eles são mais baratos que motocicletas e não estão sujeitos a atrasos relativos ao trânsito, e a tecnologia já existe para o drone ser programado para ir voltar para a ‘casa’, com algumas coordenadas de GPS, como um pombo-correio.”
Fonte:g1.globo.com