Novo “Instagram para médicos” aposta no Brasil para crescer
O aplicativo apelidado de “Instagram dos médicos” é uma criação do médico canadense Joshua Landy dedicado aos profissionais da saúde que permite o compartilhamento de imagens e discussão de casos. No Figure 1, nome oficial do aplicativo, eles podem postar exames ou fotos de pacientes (sem identifica-los) para discutir diagnósticos.
“Com o app, é possível entrar em contato instantaneamente com médicos e outros profissionais da saúde de diferentes países e formações. Se o caso é sobre uma doença que vocês não conhece bem, como queimadura de taturana, alguém no outro canto do mundo pode ser especialista nisso. E um tratamento pode ser feito de maneira mais rápida”, disse Joshua à BBC Brasil.
Para facilitar as buscas, as fotos postadas são divididas por especialidade médica (alergia, dermatologia, medicina familiar, laboratório, neurocirurgia, radiologia, etc.) ou por anatomia (pulmão, olhos, vias aéreas, membros inferiores, etc.).
Qualquer um que se cadastrar no aplicativo pode ver as imagens, mas apenas os profissionais médicos cujo perfil foi checado – o aplicativo tem uma equipe que verifica os cadastrados – podem publicar fotos e comentar.
Lançado em 2013, o número de profissionais cadastrados do Figure1 subiu de 100 mil no ano passado para 500 mil neste ano. São médicos, profissionais de enfermagem e dentistas de 170 países.
Mercado brasileiro
Joshua conta que uma das próximas estratégias do app é investir em versões em outros idiomas – atualmente, ele só está disponível em inglês.
“A primeira versão do Figure 1 em língua não inglesa será em português do Brasil e deve ficar pronta nos próximos meses. Temos um número expressivo e crescente de usuários no Brasil, especialmente de estudantes de medicina”, conta Joshua, que prefere não revelar os números exatos de brasileiros cadastrados.
Para Joshua, o Figure1 é um passo além dos aplicativos de mensagens instantâneas, como o Whatsapp – já muito usado por médicos para discutir casos em grupos formados por colegas da mesma especialidade – por conta do alcance e do dispositivo que bloqueia a face do paciente ou marcas que o identificam (como tatuagens) para manter sua privacidade.
Fonte: G1