IBM 5 in 5: as inovações tecnológicas e científicas que mudarão o mundo
A IBM anunciou durante sua conferência anual Think, em San Francisco (EUA), a tradicional lista 5 in 5, que traz as cinco previsões de inovações tecnológicas e científicas que a empresa acredita que mudarão o cotidiano das pessoas pelos próximos cinco anos.
As previsões são resultado do trabalho de pesquisadores nos laboratórios globais da IBM Research, que afirmam que os processos criativos podem sair tanto da própria IBM quanto dos projetos de outras empresas. Eles vão desde clones digitais de plantações até telefones com sensores capazes de detectar bactérias. Além disso, a IBM criou um site especial trazendo plataformas, soluções e recursos específicos para cada um dos cinco tópicos elaborados pela companhia.
Confira as cinco tendências:
Fazendas com “clones” digitais
Muitos segmentos da indústria já utilizam um mecanismo conhecido como “Digital Twin”, ou gêmeo digital. Trata-se de uma técnica que copia para o digital as mesmas características de um objeto físico, como se fosse um clone. Para a IBM, esse movimento poderá ajudar na criação de fazendas virtuais, que poderão reproduzir com precisão todas as atividades que acontecem na lavoura.
Um gêmeo digital de terras, atividades e recursos agrícolas estará disponível para produtores, fornecedores de equipamentos agrícolas, distribuidores de alimentos, departamentos de agricultura e saúde, bancos e instituições financeiras, bem como organizações humanitárias em todo o mundo, resultando em uma economia de recursos compartilhados, que permitirá o aumento do rendimento das culturas e a segurança alimentar, a um custo ambiental menor.
Blockchain no setor alimentício
O blockchain é a tecnologia usada na moeda virtual bitcoin. A partir desse recurso, o usuário sabe todas as transações registradas em seu nome e, no caso do bitcoin, o consumidor visualiza um relatório completo de quem mandou dinheiro, quem recebeu e qual a quantia usada. Na visão da IBM, o mesmo conceito será usado para rastrear um alimento do momento em que é plantado até a hora em que ele chega em sua casa.
Com isso, o blockchain vai permitir colocar mais alimentos em nossos pratos e reduzir a quantidade de lixo produzida, já que cada usuário saberá exatamente quanto plantar, encomendar e distribuir, evitando desperdícios. Produtores também se beneficiarão da tecnologia, uma vez que poderão descartar lotes específicos que estejam danificados.
Lixo reciclado químico
Por falar em lixo, a IBM acredita que o descarte de lixo será muito mais aprimorado do que o modelo atual de reciclagem. O plástico comum, por exemplo, consegue ser reciclado até certo ponto até se tornar inutilizável. É aí que entram inovações como o VolCat, um processo químico catalítico que digere certos plásticos (chamados poliésteres) em uma substância que pode ser alimentada diretamente nas máquinas de fabricação de plástico para fazer novos produtos. Na prática, isso significa que um mesmo plástico pode ser reciclado várias e várias vezes, sem perder qualidade.
Mapeamento de microbioma
O tempo inteiro estamos cercados de micróbios e bactérias, e nem todos são ruins. Pensando nisso, a IBM afirma que, nos próximos cinco anos, será possível detectar quais desses seres microscópicos são inofensivos ou maléficos à nossa saúde. E isso por meio do mapeamento do DNA do microbioma que nos cerca.
“Graças a uma nova técnica que nos permitirá analisar eficazmente o seu custo de constituição genética, os micróbios nos dirão muito sobre a segurança do que consumimos. Os micróbios vão trazer informações importantes sobre o que consumimos”, destaca a companhia.
Smartphones que detectam bactérias
O seu celular – esse que você está usando para ler esta notícia – também funcionará como um detector de bactérias na comida. Essa é uma das funções dos aparelhos do futuro, que terão sensores de inteligência artificial capazes de identificar agentes patogênicos transmitidos por alimentos. A tecnologia está em desenvolvimento por pesquisadores da IBM, que acreditam que os testes poderão ser feitos em questão de minutos.
Fonte: Computer World